Sociologia
O Manifesto Comunista fez a humanidade caminhar. Não em direção ao paraíso, mas na busca ( raramente bem sucedida, até agora) da solução de problemas como a miséria e a exploração do trabalho. Rumo à concretização do princípio, teoricamente aceito há 200 anos, diz que “ todos os homens são iguais”. E sublinhando a novidade que afirmava que os pobres, os pequenos, os exploradores também podem ser sujeitos de suas vidas.
Por isso é um documento histórico, testemunho da rebeldia dos seres humanos. Seu texto , racional, aqui e ali bombástico e, em diversas passagens irônico, mal esconde essa origem comum com homens e mulheres de outros tempos: o fogo que ascendeu a paixão da liga dos Comunistas, reunida em Londres no ano de 1847, não foi diferente do que incendiou corações e mentes na luta contra a escravidão clássica, contra a servidão medieval, contra o obscurantismo religioso e contra todas as formas de opressão.
A liga dos Comunistas encomendou a Marx e a Engels a elaboração de um texto que tornasse claros os objetivos dela e sua maneira de ver o mundo. E isto foi feito pelos dois jovens, um de 30 e o outro de 28 anos. Portanto, o Manifesto Comunista é um conjunto afirmativo de ideias, de “verdades” em que os revolucionários da época acreditavam, por conterem, segundo eles, elementos científicos ? um tanto economicistas? Para a compreensão das transformações sociais. Nesse sentido, o Manifesto é mais um monumento do que um documento...Pétreo, determinante, forte: letras, palavras, e frases que queriam ter como poder de uma arma para mudar o mundo, colocando no lugar “ da velha sociedade burguês uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada membro é a condição para o desenvolvimento de todos”.
O Manifesto tem uma estrutura simples: uma breve introdução, três capítulos e uma rápida conclusão.
A introdução fala com certo orgulho, do medo que o comunismo causa nos conservadores. O “fantasma” do comunismo assusta os