Sociologia
A cultura e a vida privada nunca haviam entrado a tal ponto no circuito comercial e industrial: música, filmes, que são fabricados industrialmente e vendidos comercialmente. Essas novas mercadorias são as mais humanas de todas – amores, medos, fatos variados do coração e da alma. Terceira cultura é oriunda da: imprensa, cinema, rádio, televisão, e surge, desenvolve, projeta ao lado das culturas clássicas – religiosas ou humanistas – e nacionais. Cultura de massa é produzida segundo as normas maciças da fabricação industrial; propaganda pelas técnicas de difusão maciça, se destinado a uma massa social. Privilegia excessivamente um dos núcleos da vida social: burocratas, capitalistas, burgueses... Ela se acrescenta à cultura: nacional, humanista, religiosa e entra em concorrência com estas culturas. A cultura de massa integra numa realidade policultural. Uma cultura orienta, desenvolve, domestica certas virtualidades humanas, mas inibe ou proíbe outras. Há de um lado, uma “cultura” que define, em relação à natureza, as qualidades propriamente humanas do ser biológico chamado homem, e, de outro lado culturas particulares segundo as épocas e as sociedades. Cultura constitui um corpo complexo de normas, símbolos, mitos e imagens que penetram o indivíduo em sua intimidade, estruturam os instintos, orientam as emoções.
Crítica dos intelectuais
Os intelectuais atiram a cultura de massa nos infernos infraculturais. Foi a partir da vulgata marxista que se delineou uma crítica de “esquerda”, que considera a cultura de massa como barbitúrico ou mistificação deliberada (o capitalismo descia as massas de seus verdadeiros problemas) Mas profundamente marxistas é a crítica de nova alienação da civilização burguesa: na falsa cultura e alienação do homem não se restringe apenas ao trabalho, mas atinge o consumo e os lazeres. Não são os intelectuais que fazem essa cultura; os primeiros autores de