Sociologia e a escola
A minha trajetória escolar foi satisfatória em termos de conteúdo didático, pois tive a oportunidade de estudar em boas escolas conhecidas em Belo Horizonte, ? a minha cidade, e apesar de toda a estrutura que me foi oferecida eu não me sentia parte daquele ambiente em que passava os dias, esse sentimento cresceu acompanhando meu crescimento e só consegui compreender o que poderiam ser atos rebeldes que cometi como uma forma de expressão, após sair daquele ambiente.
Quando era mais novo ir à escola era uma grande diversão por que lá era um local de socialização com várias outras crianças (sou filho único) e o conteúdo escolar era de entendimento muito simples, as férias eram uma tortura naquele tempo, limitavam minha diversão e me distanciavam de alguns dos bons amigos da escola. Nunca fui uma criança “comportada”, se nas escolas de educação católica que estudei a criança tinha que seguir um padrão de normas e condutas eu ia além de quebrar essas barreiras da “bagunça” , sendo uma criança que só tirava notas boas e com uma argumentação ótima para idade,o que me foi possibilitado pela leitura,eu rebatia os questionamentos dos adultos com certa ironia e isso os incomodava.
O tempo foi passando e o que eu definia na época como uma “marcação” dos professores e supervisores sobre mim só foi aumentando, eu não entendia aquilo, como uma outra pessoa poderia fazer a mesma coisa que eu e não ser repreendida da mesma forma, quando já estava na 5ª série um embate com a diretora do colégio traçou um marco,aliada à minha ironia estava a capacidade de debater com adultos apresentando meu ponto de vista e o defendendo, a diretora se irritou por não concordarmos sobre um mesmo assunto: que era eu vender algumas mini-pizzas caseiras no recreio. Irritada por não conseguir vencer um debate com uma criança, a diretora chamou alguns de meus amigos e disse que eu era uma má influência, como criança não consegue guardar segredos de seus amigos logo fiquei sabendo e