Sociologia e os principais estudiosos de religião

Introdução

O presente artigo busca explorar as principais características dos trabalhos realizados pelos sociólogos clássicos, a partir dos seus estudos que tratam da religião, fenômeno este, intrínseco a sociedade. As principais reflexões realizadas por estes pensadores contribuíram para o desenvolvimento de uma sociologia da religião como forma de entender a sociedade.
Para a produção deste artigo três pensadores foram selecionados a partir da importância deles para a compreensão do fenômeno religioso. A seleção foi baseada nos estudos realizados na disciplina de Religião e Sociedade do Programa de Pós-Graduação de Sociologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). A forma abordada por cada sociólogo aqui proposto serviu de base para inúmeros pesquisadores que abriram mão de novas pesquisas.
A religião existe na sociedade desde os tempos antigos com funções estabelecidas que se transformaram com o decorrer do tempo. Objeto de estudo de várias linhas de pesquisa, as formas religiosas obtiveram um espaço importante na sociologia, que tem como principais representantes clássicos teóricos como Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, que ajudam na compreensão das ações sociais.
As transformações da religião que ocorreram nas cidades antigas foram estudadas, principalmente, por Fustel de Coulanges, professor do sociólogo Émile Durkheim, considerado como o principal representante da sociologia clássica. O historiador francês Coulanges apresentou a história civil do mundo greco-romano a partir das formas religiosas que os povos viviam e as alterações que foram consecutivas na sociedade. O escritor do livro “A Cidade Antiga” revelou a dominação absoluta da religião na vida privada e na pública no regime social antigo:

Na sociedade antiga o Estado era uma comunidade religiosa, o rei um pontífice, o magistrado um sacerdote, a lei uma fórmula santa; onde o patriotismo era pio e o exílio uma excomunhão; onde a liberdade individual era desconhecida e o homem estava