Sociologia - A nova era e o mundo do trabalho

A nova era e o mundo do trabalho
Primeiras palavras
As funções e os processos dominantes na era da informação estão cada vez mais organizados em torno de redes. Esta é a nova morfologia social de nossas sociedades, e a difusão lógica dessas redes modifica de grande forma a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. As conexões que ligam as redes são instrumentos privilegiados de poder. Os conectores são os detentores do poder, conforme vimos em Castells (2000). O mundo da Nova Era é dominado pelo capitalismo. A partir dessas redes o capital é investido por todo o globo e em todos os setores de atividade. O capital financeiro e a alta tecnologia do capital industrial estão cada vez mais interdependentes, mesmo quando seus modos operacionais são específicos a cada setor. Cada vez mais as empresas se organizam em redes, tanto dentro quanto externamente. Capital e trabalho tendem cada vez mais a existir em diferentes espaços e tempos: o espaço dos fluxos e o espaço dos lugares, tempo instantâneo de redes computadorizadas versus tempo cronológico da vida cotidiana.
Quando falamos em vida cotidiana, nos assustamos com seu concreto: 40% do planeta mal sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. O desemprego é um fenômeno que se torna impossível de não se notar, e com ele a pobreza.
Os impactos da "nova era" sobre o mundo do trabalho serão nosso assunto agora.
A estrutura fordista-keynesiana
O capitalismo do pós Segunda Guerra apresentou avanços tecnológicos, crescimento de investimentos, melhoria de padrão de vida e altos lucros. Criou-se uma forte demanda nos países ricos. Os governos gastavam no complemento do salário social. Foi o chamado "Welfare State", ou seja, Estado do Bem-Estar Social. A mão governamental selando as relações entre capitalistas e os movimentos operários. Uma associação triangular entre o Estado, que deveria controlar os ciclos econômicos e suas crises por meio das políticas fiscais e monetárias2 , com gastos