Toda essa atividade, intensa e fecunda, que se vem desenvolvendo, no domínio dos estudos e das pesquisas de Sociologia e de Antropologia Social, tinha de provocar, como provocou, um movimento de associação dos que trabalham no campo dessas ciências. A diversidade natural das orientações e tendências, e dispersão de esforços e a necessidade de sua convergência e coordenação, concorreram, com o desenvolvimento dos núcleos de estudos e da produção científica para favorecer as tentativas de uma organização que promovesse o conhecimento recíproco e contatos mais freqüentes de especialistas, professores e pesquisadores. Uma sociedade científica, com suas reuniões periódicas e sua revista, seria a base para melhor compreensão dos problemas comuns, relativos ao ensino e à pesquisa, e o estudo das condições e dos meios para o aproveitamento dos conhecimentos científicos no campo dos problemas sociais. Daí, o impulso que adquiriu a Sociedade Brasileira de Sociologia em que, em 1950, se transformou a antiga Sociedade de Sociologia de S. Paulo, fundada em 1935. Essa Sociedade, de âmbito nacional, com sede em S. Paulo e finalidades estritamente científicas, ramificou-se pelo país, onde conta com mais de cento e cinqüenta associados e cinco seções já em plena atividade — as do Distrito Federal, de Pernambuco, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina, e outras por organizar. Filiada à Associação Latino-Americana de Sociologia e à International Sociological Association, aquela com sede em Buenos Aires, esta, em Oslo, na Noruega, promoveu a Sociedade Brasileira de Sociologia, em julho de 1954, o 1º Congresso Brasileiro de Sociologia, com que inaugurou a série de Congressos que, de acordo com os seus Estatutos, devem realizar-se de três em três anos. Do seu plano de trabalhos constam ainda as "reuniões anuais", circunscritas a cada uma das regiões, em que já se organizou, e a publicação dos Anais, cujo primeiro volume, correspondente ao Congresso que se reuniu em São Paulo, foi