Sociologia Empírica do Lazer

600 palavras 3 páginas
O capítulo três aborda o debate teórico dos autores que defendem a perspectiva negativa acerca do tempo de não trabalho, enfatizando que não há a perda da importância do trabalho na sociedade capitalista contemporânea, apesar de crer que o lazer foi transformado em objeto de comércio.
Dumazedier considera que o maior objetivo na prática do lazer é a libertação do tédio regular e concepção de auto-satisfação e também julga que o lazer pressupõe o trabalho e não significa algo fútil. Então, “é mais válido e mais operatório destinar o vocábulo lazer ao único conteúdo do tempo orientado para a realização da pessoa com fim último”¹
A estrutura econômica e social da sociedade capitalista se dá a partir do trabalho, o qual se torna necessário na condição da existência humana. Com o passar do tempo e do advento da Revolução Industrial, gradativamente, tempo era considerado dinheiro. Sendo assim, trabalhadores eram super explorados, tendo jornadas de trabalho sem fim e condições de vida precárias.
Com isso, o tempo livre passou a fazer parte das reivindicações desses trabalhadores que acabaram tornando-se pessoas mais críticas e conscientes de sua situação, exigiram seus direitos, mas também cumpriram com seus deveres (tempo obrigatório).
A prática do lazer (tempo de não trabalho) entrou em ascensão no século XX, onde não era mais desvalorizada em razão da supervalorização do trabalho e obrigações familiais. O surgimento do tempo livre implicou em muitos aspectos no mundo do trabalho, como a diminuição da jornada, concessão dos direitos à classe trabalhadora, entre outros.
Outra prática que surgiu com o advento do tempo livre foi o consumo, que era praticado apenas pela elite burguesa e detentora do capital; porém, agora também a classe dos trabalhadores detinha esse “poder” e passou a fazer parte do consumo em massa (em que o lazer é em sua totalidade, condicionado por tal consumo e hierarquia de classes).
Pela análise desse aspecto, o livro objeto do presente

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