Sociologia do género
“A expressão “mutilação genital feminina” (também chamada “corte dos genitais femininos” e “mutilação genital feminina / corte”) refere-se a todos os procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos ou quaisquer danos infligidos aos órgãos genitais femininos por motivos não médicos.”
(Fonte: http://www.who.int/eportuguese/publications/mutilacao.pdf 6)
Existe uma estimativa mundial que cerca de 100 a 140 milhões de mulheres tenham sido vítimas e atualmente existem 3 milhões de crianças em risco de serem submetidas à mutilação genital feminina.
Esta prática existe um pouco por todo o mundo, porém as regiões que apresentam um maior número de casos encontra-se na África Subsariana e em algumas partes da Ásia e do Médio Oriente.
Atualmente encntramos cada vez mais mulheres que foram vítimas de mutilação genital na Europa, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e nos estados Unidos da América, consequência do aumento da imigração, de mulheres onde esta prática que é praticada e tolerada por Homens e Mulheres, que tem em vista ser um ritual de purificação das crianças do sexo feminino.
Deste modo podemos afirmar que a mutilação geintal feminina é um ritual milenar, integrado e enraizado na estrutura social de países e regiões, onde o estatuto social e económico das mulheres é demasiadamente reduzido, o casamento é visto nestas sociedades como uma maneira de garantir um futuro próspero, e a não realização desta “operação” pode ser considerada um estigma.
Atualmente começaram a surgir nestes países leis, que proíbem esta prática, mesmo ameaçando pôr em causa os príncipios morais e sociais típicos destas sociedades, uma vez que vai contra os direitos humanos, mais especificamente o artigo 5º onde é afirmado que “Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”
Fonte:http://repositorio.chlc.minsaude.pt/bitstream/10400.17/1334/1/AOGP%202010%20152.pdf