Sociologia da Infância no Brasil

A visão sociológica da Infância
Para se conceber uma ideia sobre o que é a Sociologia da Infância no Brasil, torna-se necessário compreender o que foi a Sociologia na Europa e nos demais países anglo-saxônicos. Este campo da Sociologia estuda e enxerga a criança como um ser capaz de construir sua própria história dentro de um determinado meio social. Mas nem sempre foi assim, desde que a criança começou a ser representa foi vista como um ser angelical, piedoso, inocente e assexuado. A partir, do século XIX, a Medicina e a Psicologia, voltam seus olhares para a criança, que passa a ser tratada clinicamente (uma vez que, existiam altos índices de mortalidade na época), sua inteligência é então considerada como um fator decorrente de sua idade. O adulto é o referencial da criança, e, portanto, detêm seu domínio e controle.
Após 1947, o Brasil passa a ter uma visão sociológica da Infância, estudos como os do pioneiro Florestan Fernandes, descrevem a cultura e a infância das crianças. Apesar disto foi somente, depois da década de 1980, que mundialmente o adulto deixou de ser foco como referencial para o estudo das crianças.
A Sociologia tenta então, achar outros referenciais para estudar a infância da criança. Países como França e Estados Unidos têm suas ideias sociológicas fundamentadas na educação, em estudos feministas e na Antropologia. No Brasil, a Sociologia passa a ser considerada como campo de estudos nos anos que se sucedem a 1990. O importante é ressaltar, que a maior parte dos estudos a respeito das crianças aconteceu em contextos escolares. Atualmente, este é um espaço em que elas são a maioria (pátio de escola, por exemplo), e, portanto, espera-se que nesses locais elas tenham de certa forma, um grau de controle e poder, uma vez que, nesses lugares, geralmente estão livres dos olhares adultos.
Ainda não temos uma noção concreta sobre o que é ser um sujeito na infância, mas segundo o pensamento construtivista de Bourdieu, os homens fazem a sua