Sociologia da familia - Georg Simmel
Neste texto de Simmel, é discutida a questão da sociologia da família, de início o autor aborda alguns diferentes tipo de relações matrimoniais, como também as relações de parentesco, é pontuado que a família apesar de sua estrutura simples é formada por interesses diversos, como interesses eróticos, econômicos, religiosos, e sociais, e é a partir dessas formas de ver a família que Simmel vai procurar expor alguns fatos e trazer algumas reflexões dentro do domínio da história da família.
Existe uma hipótese pela qual o casamento é decorrente da necessidade de regulamentar ou normatizar uma sociedade que encontrava-se sem regras nas relações entre homens e mulheres, essa hipótese vai se fundamentar sobre o matriarcado, segundo essa hipótese as sociedades naturais tinham a mãe como o centro da família. As crianças nascidas nessas sociedades pertenciam a mãe, e o pai biológico não é tido como parente, logo essa criança não herda nada dele, mas sim do irmão da mãe.
Assim como nas sociedades ameríndias mais desenvolvidas, que já dominavam a agricultura, etc, como entre os aborígenes na Austrália é perceptível que a ascendência da mãe é a que prevalece, em contraponto aos índios, que segundo Simmel encontravam-se em um estagio inferior e que tinham a ascendência do pai como principal. O autor pontua uma discussão sobre a questão do ciúme nas relações entre homens e mulheres, nas sociedades ditas primitivas, porém não chega a uma conclusão, apenas nos situa que existem pesquisas que apontam o ciúme como algo fundamental para o desenvolvimento dessas sociedades, enquanto outras pesquisas apontam para ausência total desse sentimento.
Uma importante reflexão apontada por Simmel é que as múltiplas formas de relação entre homens e mulheres são resultados de circunstancias históricas particulares e nenhuma dessas formas de relação podem nos oferecer uma visão de um “estado original” existentes em todas as culturas, e com