Sociologia da Cultura - Renato Ortiz e a moderna tradição brasileira

1642 palavras 7 páginas
1) Como você compreende os problemas discutidos nessa obra? Em a Moderna Tradição Brasileira de Renato Ortiz, a empresa a que se propõe o autor é entender o processo de formação cultural pelo qual perpassou nosso país ao longo do tempo, majoritariamente no século XX, dado que é na primeira metade do século passado que despertam a atenção dos intelectuais e conseqüentemente, aparecem os primeiros estudos voltados ao tema da cultura. Ao tratar do tema cultura, o autor procurará perpassar pelos mais diversos âmbitos de estudos, tanto nacionais quanto internacionais, contrastando escolas de pensamento diferentes, processos de culturalização em outros países e seus reflexos e apropriações aqui no Brasil; buscará entender através dos processos burgueses que configuraram a moderna sociedade ocidental com suas revoluções e mudanças seculares, as mudanças ocorridas nos ditos países centrais e seus reflexos na periferia, essencialmente no Brasil.
A complexidade e amplitude desse trabalho serão um pouco mais esmiuçadas nas próximas linhas para então, fazermos uma análise final mais clara de modo a responder a pergunta inicial.

Na primeira parte, “O Silêncio”, o autor inicia-a retratando que a discussão entre cultura popular e a cultura brasileira constitui-se numa tradição que manifesta um traço constante, constitutivo dum itinerário intelectual coletivo, sob o qual se configuram as contradições e o entendimento da formação da nacionalidade. Destarte, advém daí a compreensão de que a identidade se encontra inextricavelmente ligada à dicotomia (cultura) popular x brasileira. O autor atesta que falar em cultura brasileira necessariamente perpassa pela discussão dos destinos políticos do país.
A seguir, o autor abordará as distintas concepções de autores diversos, categorizando-os em alguns parâmetros que incluem a clássica distinção entre conservadores e vanguardistas (modernistas), assim como “autoritária” ligada aos eixos militares, estatal nos anos 30 com o

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