Sociologia da Arte
Obs: Este verbete não consiste em pesquisa original e é composto pela transcrição, mais ou menos alterada, dos verbetes listados ao final da página, no item “Fontes”.
(A)
O campo de pesquisa da Sociologia da Arte são as relações identificáveis entre os conteúdos e as formas dos diversos gêneros e tipos de obra de arte e: as interpretações correntes da própria arte; os modos de apreciação por parte do público; a posição social do artista; ou variáveis macrossociológicas como: a estratificação social; a estrutura de classe; as formas de dominação; a organização política; os fenômenos de mudança social e cultura; a ideologia das classes dominantes e dominadas. Por “arte” entende-se, geralmente, a pintura e a escultura (as “artes plásticas”), a música, a dança, a literatura, o teatro e o cinema, embora no uso anglo-saxão e alemão, art ou Kunst refiramse preferencialmente às artes plásticas.
Em princípio, costuma-se afirmar que tais relações são de interdependência, visto que se imputa à arte a capacidade tanto de influir sobre essas variáveis quanto de sofrer seus efeitos.
(B)
Apesar da vastíssima literatura produzida há mais de um século, a Sociologia da Arte continua sendo um dos ramos menos consolidados e sistemáticos da
Sociologia contemporânea, no qual é difícil identificar a emergência de orientações definidas de pesquisa e de elaboração teórica. Poucos tratados de
Sociologia dedicam a ela pelo menos um capítulo, e quando isso acontece, trata-se de textos que, mais do que efetuar a síntese de pesquisas realizadas, reafirmam a necessidade de estudar as relações entre a arte e a sociedade
apelando para a constatação óbvia de que os conteúdos, as formas, as técnicas, os fins e as interpretações da arte sempre mudaram com as transformações da sociedade (da feudal à burguesa, da burguesa à socialista, ou da rural à industrial, da tradicional à moderna).
De fato, o estado de indeterminação da Sociologia da Arte