Sociologia da Arte - Pollock
Não eram somente teorias, mas sim construções mentais. O autor explica essa afirmação através de algumas observações, tais como o fato de que o mundo da arte é uma aldeia, e parte dessa aldeia ( o que ele chama de le monde) sempre volta seus olhos para a outra, sendo esta a boêmia, para tentar saber qual é a nova onda, a nova tendência do momento, e acredita fielmente no que ela propõe como novidade.
A boêmia é formada de cénacles – círculos de discussão, grupinhos, o que chamaríamos no colégio de “panelas”. Se um cénacle vier a dominar a boêmia, seus pontos de vista provavelmente prevalecerão na aldeia inteira , Wolfe afirma que esta aldeia é o mundo da arte, formada por minorias , que determinam o que é ou não arte e se apropriam de teorias para justificar suas obras e engrandecê-las, buscando sempre a novidade, a superação da superação.
Os cénacles possuiam a influência sobre o resto da sociedade em determinar o que é arte, ou quem é o artista do momento. A arte moderna pertence ao período pós-guerra (1ª G.M.) e o público não tinha papel na definição do que era ou não arte, esse papel pertencia aos influentes da aldeia.
Foi isso que ocorreu em Nova York depois da Segunda Guerra Mundial, na era do expressionismo abstrato, quando Nova York substituiu Paris no cenário de sede mundial do Modernismo.
A arte já não era mais a apreciação de um quadro belo, uma escultura harmônica, a arte era teoria, era Palavra. Uma curiosa mudança estava ocorrendo no próprio cerne da atividade do pintor. Inicialmente o Modernismo fora uma reação ao realismo do século XIX, uma abstração, um diagrama do realismo. Mas a ordem no “novo mundo” da arte no momento era: Primeiro você encontra a Palavra, depois você vê.
E isso podemos observar no filme de Pollock. Por mais que Pollock pintasse,