Sociologia cultura
Nessa perspectiva, Roque de Barros Laraia, o autor do referido material, percorre uma trajetória cronológica do desenvolvimento do conceito de cultura, explorando a discussão com filósofos, antropólogos e outros cientistas da natureza humana, visando demonstrar como esta influencia o comportamento social e diversifica enormemente a humanidade, apesar de sua comprovada unidade biológica.
Para tanto, divide sua obra em duas partes: na primeira, remonta o próprio desenvolvimento teórico da antropologia e, na segunda, trata de maneira mais prática a relação da cultura na vida do homem. Com o intuito esclarecer o leitor acerca deste movimento, o texto percorre experiências e relatos que tentam explicar as variantes responsáveis pelas diferenças de comportamento entre os homens; dentre elas, destacam-se hipóteses de determinismo geográfico e biológico, que acabam sendo desestabilizadas pela conclusão de que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico e entre pessoas do mesmo sexo. Ainda perseverando pela resposta da pergunta “o que é cultura?”, o autor visita, de forma bastante simplificada, o percurso das centenas de definições formuladas e esclarece que o universo conceitual atingiu uma dimensão tão grande ao longo do tempo que somente com uma contração dos diferentes conceitos foi possível à antropologia reconstruir suas investigações acerca do tema.
Reconhecida a complexidade da questão, o estudo pelo assunto ganhou nova concepção e elementos como: “escala de civilização”, “eventos históricos” e a própria “evolução cerebral do homem”, garantiram à ciência um olhar mais ampliado e processual da cultura. Desta forma, a convenção de regras e a capacidade de