sociologia concilio de trento

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O Concílio de Trento foi o XIX concílio ecumênico da Igreja (1545-63). Requisitada por várias partes e por muitas pessoas, dentre as quais o próprio Lutero por objetivos particulares e para escapar da condenação papal, a convocação de um concílio ecumênico concretizou-se só em 1545, após as malogradas tentativas realizadas pelo papa Paulo III em Mântua em 1537 e em Vicenza em 1538 e após o fracasso do colóquio de Ratisbona (1541) entre católicos e protestantes por iniciativa do imperador Carlos V. Convocado em Trento já em 1º de novembro de 1542, em uma cidade pertencente ao Império e, como tal, aceita pelos alemães e também pelos italianos, o concílio foi adiado pela retomada da guerra entre Francisco I e Carlos V para 1545, ou seja, após a paz de Crépy (setembro de 1544) em que os dois soberanos haviam concordado em celebrar um concílio, comprometendo-se a respeitar as suas decisões.
O Concílio Tridentino foi convocado pelo papa Paulo III com a bula Laetare Jerusalém (19-11-1544) e aberto em 13 de dezembro de 1545. A bula papal destinava ao concílio as seguintes tarefas: a condenação dos erros em matéria de fé, a reforma dos abusos, a reconstituição da unidade da Igreja, a cruzada contra os turcos. Tiveram direito a voto (com o método de votação por cabeça) os cardeais, os bispos residenciais, os gerais das Ordens religiosas e os representantes das congregações monásticas. Estiveram presentes, embora sem direito a voto, numerosos teólogos, representantes das mais diversas correntes teológicas, e os embaixadores dos príncipes católicos. Os trabalhos do concílio articularam-se mediante as congregações dos teólogos (reuniões de caráter privado e meramente consultivo), as congregações gerais dos padres (em que cada qual com direito a voto exprimia o seu parecer acerca das propostas de dogma ou de reforma) e as sessões solenes, que sempre ocorreram na catedral de Trento e em que se votavam definitivamente os decretos convencionados. Das dez sessões solenes desse

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