Sociologia Análise Crítica
É necessidade do ser humano, desde seus primórdios, organizar suas relações com os outros em seu meio, mas quando tal organização pende seu poder para certo indivíduo e este faz mau uso, as insatisfações são certamente decorrentes.
Vários meios então são usados para fazer protestos, ir contra os modelos impostos e combater as injustiças sociais.
A arte é um meio que consegue, pela sua amplitude, converter todo o ímpeto do artista em um concreto reflexivo que pode ser compartilhado e chegar a um grande reconhecimento. O que é belo, portanto, foi aos poucos deixado de lado no âmbito artístico para ser substituído por elementos chocantes, que questionam o social, rebatem os poderes e discursa sobre o que realmente é importante na existência do ser humano.
André Breton, um dos principais expoentes do Surrealismo, fazia por meio de sua obra um escape das normas antes estabelecidas. Criava poemas que para muitos não fazia o menor sentido. O surrealismo nas pinturas por sua vez foi logo associado com os sonhos, aqueles que possuem objetos que não apresentam nenhuma combinação entre si e não deveriam, segundo os padrões, estarem combinados numa obra pois não representaria uma “perfeição”.
A representação do Coletivo Dolores foi usada também como manifesto contra líderes impositores e questionam aí os valores humanos massacrados através da guerra com objetivos capitalistas.
Ambos os movimentos apresentam seus descontentamentos com poderes, mas o que importa é que há um movimento. Muita gente pensa que é uma exclusividade do artista expressar o descontentamento, mas não percebem que se sua insatisfação for também expressa, claro que do jeito que mais convier, haveria uma maior facilidade em alcançar os objetivos.
Assim, percebemos que cada um tem um quê de artista em si. Desde que este consiga expressar o que sente, consiga falar, gritar, desenhar, escrever, tocar, qualquer que seja a via de expressão. O que todo ser não pode é