Sociolinguística: Estruturalismo e Gerativismo

Sociolinguística: Estruturalismo e Gerativismo
Este texto tem por objetivo traçar um paralelo entre a corrente linguística Estruturalista, introduzida por Ferdinand de Saussure, a partir da publicação do Cours de linguistique generale, no começo do século vinte, e a corrente Gerativista, proposta por Noam Chomsky nos anos cinquenta.
A corrente estruturalista, proposta por Saussure, apreende a língua como um sistema, isto é, um conjunto de elementos que se organizam e se relacionam, resultando na estrutura de uma língua. Essa corrente dá atenção às relações existentes dentro do sistema e visa desenvolver conceitos gerais capazes de abranger todas as línguas.
Saussure vê a linguagem por dois pontos de vista: língua e fala. Essa dicotomia se deve ao fato de a linguagem possuir o aspecto social (língua ou langue) e o aspecto individual (fala ou parole). O objeto de estudo dessa corrente é a língua, cuja natureza é psíquica e, sendo um produto social, está presente na mente dos falantes. A fala, por outro lado, possui origem psicofísica e, por ser a concretização da língua, é circunstancial e variável, por isso não está incluída nas investigações de Saussure.
Outra dicotomia desenvolvida por Saussure no Estruturalismo relaciona-se à sincronia e diacronia dos estudos linguísticos. No nível sincrônico, preferido por Saussure, está incluído o aspecto estático, indicando um estado da língua, enquanto o diacrônico, que trata do aspecto evolutivo, pressupõe uma fase de evolução da língua. Os estudos estruturalistas saussurianos baseiam-se na língua como sistema homogêneo, como estrutura situada na consciência do falante e que pode ser investigada isolada de uma comunidade de fala, fundamentando-se em um único informante e no próprio conhecimento da língua.
O Gerativismo, corrente posterior ao estruturalismo, foi proposta por Chomsky, que concebia a língua como um conjunto de sentenças e priorizava o seu caráter sintático, e visava descrever as línguas por meio de