Sociolinguistica
O autor inicia o romance descrevendo a cidade de São Luís do Maranhão, como entorpecida pelo calor, atmosfera abafada, sem viva alma em muitos lugares, com exceção da região comercial, a Praia Grande e a Rua da Estrela. Em seguida fala sobre o, viúvo, personagem Manoel Pescada, um português comerciante próspero, que mora com a filha Ana Rosa e a sogra D. Maria Bárbara, em um sobrado da Rua da Estrela.
Ana Rosa é filha única e está apta para casar, mas nenhum pretendente lhe causa interesse. Ela tem em mente seguir o conselho de sua finada mãe e casar-se por amor.
Havia empregado no armazém de Manoel Pescada, um rapaz, português, de nome Luis Dias. É descrito como ativo, econômico, discreto, trabalhador, com tino comercial aguçado. Mas também como magro, macilento, um tanto baixo, curvado, testa curta. Manoel Pescada quer fazer sua filha se casar com Dias.
Ana Rosa sonha com um casamento romântico. Idealiza um herói, não alguém como Dias, com dentes sujos, economia torpe e movimentos de homem sem vontade própria, portanto o repele secretamente.
Neste ambiente chega a São Luis, um sobrinho de Manoel Pescada, o jovem e rico advogado Raimundo. Tem estatura alta, elegante, tez morena e amulatada, mas fina; Dentes claros, cabelos pretos, lustrosos e crespos e grandes olhos azuis. Regressa a São Luiz depois de muitos anos na Europa. Pretende conhecer um pouco de suas raízes, vender suas terras e se mudar para o Rio de Janeiro. Hospeda-se na casa de Manoel Pescada.
Ana Rosa apaixona-se pelo primo, que corresponde a esta paixão e o pressiona à pedi-la em casamento. Quando Raimundo decide fazê-lo encontra oposição na figura de Manoel Pescada sem desconfiar que seja por conta de seu passado.
Raimundo desconhece sua origem: era filho bastardo de José Pedro da Silva, irmão de Pescada, com uma escrava: Domingas. José da Silva era casado com Quitéria, mulher branca e impiedosa com os escravos. Ela desconfia que o menino da escrava possa ser filho de José e