Sociodrama
O Sociodrama surgiu do Teatro Espontâneo, criado por Moreno, no início do século XX.
O sociodrama tem como objetivo principal o alívio de tensões coletivas, a evolução de estruturas sociais, o estudo e o tratamento de problemas de grupo. Mas também, pode ser um ponto de partida para tratamento de aspectos individuais.
Tanto o psicodrama quanto o sociodrama se envolvem, querendo ou não, aspectos de dinâmica de grupo e têm efeitos terapêuticos.
Segundo Moreno (1975):
“O verdadeiro sujeito do sociodrama é o grupo... Há conflitos nos quais estão envolvidos fatores coletivos, supra-individuais, e que têm que ser compreendidos e controlados por meios diferentes. Pode-se, na forma de sociodrama, tanto explorar, como tratar, simultaneamente, os conflitos que surgem entre duas ordens culturais distintas e, ao mesmo tempo, pela mesma ação, empreender a mudança de atitude dos membros de uma cultura a respeito dos membros da outra” ( p.413-415).
ACESSANDO O GRUPO: Os aspectos processuais do Sociodrama
Os procedimentos sociodramáticos enfatizam a vivência do drama, ou seja, a dramatização de cenas pelos participantes ou as interações de papéis sociais relativas ao sofrimento em questão. Estas cenas, são representadas por papeis. Papeis estes que são inerentes à cultura do grupo sociodramático. Como exemplo: Em vez de ser pai, a mãe, determinado filho ou irmão, no sociodrama se representa o pai gaucho, a mãe da sociedade mineira, ou o imigrante brasileiro e por assim vai.. Ou seja, inversão de papeis. Existem cinco elementos presentes nos aspectos processuais do Sociodrama (Moreno, 1974).
1- O diretor é o pesquisador-terapeuta principal, responsável pela produção do evento. O pesquisador-terapeuta proporciona ao grupo, por meio de sua demanda ou do seu consentimento, um encontro para abordar os temas ou os conflitos que lhe são peculiares. Nesta experiência, procura viabilizar a expressão das pessoas e suas tentativas de resolução dos conflitos.