Socio 3
Hoje em dia, muito se ouve falar sobre bullying. Bullying é uma desordem provocada intencionalmente e repetidamente buscando promover a dor de outrem, mesmo que a vítima não se sinta ofendida. Existem vários tipos de bullying, no entanto, o que eu quero falar aqui é sobre o bullying racista. Infelizmente, nos dias de hoje, ainda existem casos de discriminação racial, principalmente entre as crianças. Os “amiguinhos” gostam de zoar, dando apelidos e tudo mais. As “vítimas” algumas vezes não se importam, ou mostram não se importar, mas será que isso não faz mal a eles de alguma forma? Na maioria dos casos, eles levam essa importunação para o lado da brincadeira, para ver se os agressores enjoam de tais atitudes. Mas uma criança que não esteja preparada para lidar com isso, terá sérios problemas psicológicos em seu desenvolvimento ao longo da vida.
Para explicar esse assunto, pensemos na coercitividade da natureza social de Durkhiem, que diz que deve ter uma força sobre o indivíduo, levando-o a aceitar as regras e os costumes do grupo em que vive, muitas vezes contra a sua vontade. Ou seja, quando nascemos, a sociedade está aí e sua coerção também e, desse modo, os modelos exigidos também estão difundidos. Criados e crescidos dentro dessa sociedade, a coerção parece estar introjetada em nós e, sendo assim, o bullying não seria nada mais do que a própria manifestação da coerção da sociedade. Contudo, o alcance da dor do outro é possível por meio desses modelos, uma vez que o distanciamento desses resultará em patologia, demência e outros termos depreciativos ao indivíduo. Logo, essa dor não é só a dor pessoal, mas também a dor social. Por isso, o bullying racista ou qualquer outro é um problema social, pois há uma série de comportamentos exigidos dentro do grupo social e a violência (verbal, física, etc.) é colocada como meio para conquista, e os que praticam o bullying apenas mantêm essa exigência,