Sociedades americanas e europeias de acordo com Oliveira Vianna
As diferenças políticas entre as sociedades americanas e européias, estão pautadas na reflexão acerca da problemática do florescimento da idéia de autoridade e liberdade no que se tange à organização do Estado; tendo por base tais divergências, Oliveira Vianna repudia a adoção das concepções políticas européias pelas sociedades do Novo Mundo e defende o centralismo. Somado a isso, o autor ressalta quanto à diferença entre a postura inerente à problemática política do povo inglês e do povo brasileiro.
O autor argumenta que a questão da liberdade nas sociedades européias, só surgiu depois que as bases da autoridade já estavam consolidadas; argumento este que reforça a sua tese sobre a importância de não transpor os ideais do Velho Mundo para as sociedades americanas, que necessitavam no momento de um eixo centralizador/unificador para consolidar a idéia de uma nacionalidade e implantar uma consciência de legalidade; já que ainda se encontram fragmentadas devido a sua recente independência do poder colonial. Portanto, se tornava incabível às sociedades americanas, à adoção do posicionamento vigente quanto aos anseios de liberdade/separatismo impulsionados pelo mundo europeu.
“Problema de origem filosófica, somente depois de uma secular preparação dessas sociedades (européias) sob o regime da força e da autoridade, é que ele emerge para ser estudado e resolvido. Trata-se de pôr limites efetivos a essa força organizadora, que se fizera tirânica....”
Reproduzindo, por uma sorte de reflexo inconsciente, essas idéias, que dominam por inteiro o pensamento europeu, os americanos fazem do problema da organização da liberdade a questão primeira e basilar das suas edificações constitucionais; e das aspirações européias as suas aspirações; e dos ódios europeus os seus próprios ódios.
Temem, como os europeus, a “autoridade”, que procuram