sociedade
Para Weber:
+ A racionalização e a burocratização alteraram radicalmente os modos de educar. Alteraram também o status, o reconhecimento e o acesso a bens materiais por parte dos indivíduos que se submetem à educação sistemática.
+ Educar no sentido da racionalização passou a ser fundamental para o Estado, porque ele precisa de um direito racional e de uma burocracia montada em moldes racionais.
+ Educar no sentido da racionalização também passou a ser fundamental para empresa capitalista, pois ela se pauta na lógica do lucro, do cálculo de custos e benefícios, e precisa de profissionais treinados para isso.
(…) Mais que profissionais da empresa ou da administração pública, o capitalismo e o Estado capitalista forjaram um novo homem: um homem racional, tendencialmente livre de concepções mágicas, para o qual não existe mais lugar reservado à obediência que não seja a obediência ao direito racional. Para este homem, o mundo perdeu o encantamento. Não é mais o mundo do sobrenatural e dos desígnios de Deus ou dos imperadores.É o mundo do império da lei e da razão. Educar num mundo assim, certamente não é o mesmo que educar antes dessa grande transformação, provocada pelo advento do capitalismo moderno. (RODRIGUES, 2007, p.65-66).
Educação, na medida em que a sociedade se racionaliza, historicamente, torna-se um fator de estratificação social, um meio de distinção, de obtenção de honras, de poder e de dinheiro.
No modelo ideal weberiano a educação é socialmente dirigida a três tipos de finalidades:
+ Despertar o carisma (não constitui propriamente uma pedagogia, pois não se aplica a pessoas comuns, mas apenas àquelas capazes de revelar qualidades mágicas ou dons heróicos: ascetismo mágico antigo e dos heróis guerreiros da Antiguidade e do mundo medieval, que eram educados para adquirir uma “nova alma”, renascer);
+ Preparar o aluno para uma conduta de vida (Weber chama de pedagogia do cultivo, pois procura formar um