Sociedade
O texto Sociedade, moral e destino do homem de Samuel Branco sustenta que o homem ultrapassou o processo de seleção natural. Traz dois argumentos para corroborar esta tese: primeiro, que o homem supera deficiências conquistando espaços e tornando mais segura a vida; e segundo, que o desenvolvimento moral propiciou a solidariedade entre os indivíduos. É inegável que o desenvolvimento tecnológico trouxe avanços significativos ao bem estar das pessoas. Conseguimos atualmente dispor de uma vida confortável, resguardados de boa parte das intempéries naturais. Entretanto, continuamos alvo da seleção natural. Exemplo disso, é que nossos remédios fortalecem os micro-organismos que nos atacam. Eventualmente, eventos climáticos varrem pontos geográficos deixando impotente todo nosso acervo tecnológico, com a desvantagem de sermos muitas vezes responsáveis por grande parte desses estragos na nossa busca desenfreada por conforto e tecnologia. (ex.: mudanças climáticas atribuídas aos humanos, usinas nucleares, etc.). O segundo argumento, considerado o mais importante pelo autor e aqui considerado sonhador, é em síntese o seguinte: “O progresso cultural do homem foi acompanhado de um desenvolvimento moral, em que a competição e a luta pela vida tendem a ser substituídos pelos sentimentos de solidariedade.” Essa solidariedade é que permitiria a proteção dos mais fracos frente à seleção natural. A sociedade atual, também conhecida como sociedade de consumo não é uma sociedade solidária, ao contrário é a da concorrência. Na verdade, a humanidade é e sempre foi conquistatória. Viemos ao mundo para conquistar e criamos artimanhas para tentarmos nos justificar e para manter a situação sob controle. O direito e a política são prova disso. Os sonhos da humanidade são pessoais, não englobam nossos semelhantes. Ocorre que o bem estar individual geralmente está ligado ao conjunto social. Neste caso, não é a preocupação com a satisfação alheia,