sociedade
Pedagogia freireana e a psicologia histórico – cultural: gênese do problema
O presente estudo teve inicio em 1998, mas precisamente quando a rede municipal de ensino assumiu o compromisso com o desenvolvimento de uma política cujo aporte teórico principal é a concepção de Paulo Freire.
O movimento originado a partir de então foi sendo materializado pela criação de um Sistema Municipal de Ensino que, viabilizou a organização de um Conselho Municipal de Educação. Esse conselho foi responsável pela análise, aprovação e pelo acompanhamento da política pública em educação do município.
Trata-se de uma relação visceral entre escola e comunidade, que acolha a comunidade, mas que também se coloque para a comunidade como espaço possível de articulação das demandas da população. Colocar na escola essa política demandou o enfrentamento severo de questões de ordem tanto estrutural quanto pedagógicas, pautados pelo conceito de ciclo como tempo histórico de aprendizagem e desenvolvimento, um tempo histórico da vida e de uma vida inserida num contexto.
Ao contrario, das representações que eles têm das vivências ou das experiências construídas nas relações cotidianas. Segundo Freire é “a partir da situação presente, existencial, concreta, refletindo o conjunto de aspiração do povo, que podemos organizar o conteúdo programático da educação ou da ação política”.
Trata-se de um movimento pedagógico para o qual o conhecimento, não é desvinculado da prática que liberta como também, não será uma prática sem reflexão que poderá fazê-lo. Não se trata de libertação num sentido metafísico, de uma essência dada e naturalmente inerente ao humano, “Mas de libertação de um ‘ente-histórico’ que se constrói enquanto constrói o mundo, através da práxis” (Damke).
A necessidade de dialogar com uma teoria psicológica que favoreça a construção de instrumentos de análise da palavra da comunidade,