Sociedade x meio ambiente
O crescimento desacelerado da população, aliado a um consumo excessivo e a uma economia globalizada, tem trazido grandes preocupações por parte de ambientalistas, sociólogos, ecologistas, dentre outros setores. O planeta está no seu limite de suporte e seu capital natural/humano acaba sofrendo profunda alteração, cujos impactos socioambientais vão desde fome, miséria, desigualdade, violência e desemprego à reações adversas da natureza que por sua vez vêm castigando varias regiões a nível global. Tais fatores foram desencadeados por uma desordem econômica e social, devido a um modelo predatório que continua ocorrendo de forma heterogênea, tornando difícil qualifica-los. Entretanto, a falta de percepção por parte da humanidade, que por sua vez cria e recria seu espaço as custas da apropriação da natureza, impede de visualizar a complexa relação homem x meio ambiente. Tendo em vista que muitas cidades já se encontram com sua capacidade de suporte superado, configurando um quadro de degradação transnacional, é de se imaginar que precisaríamos de um planeta 30 % maior para acomodar o modelo social vigente. O capital natural da terra vem sendo ameaçado a cada dia devido aos avanços de fronteira econômica, expansão agrícola, assentamentos humanos desordenados, desmatamentos e especulações imobiliárias que, por falta de projeto de prevenção, acabam remediando os danos depois de fragmenta-los. E o custo para inverter o problema é tão alto que fica impossível reconstruir os ecossistemas agredidos. Nessa abordagem, o modo como nos inserimos no ambiente resulta em um conjunto de relações sociais que, por sua vez, constrói um tipo específico de relacionamento com a dimensão natural. Relação essa, que se encontra em total descompasso em virtude do padrão societário atual. Mas, o que fazer diante da complexidade que essa relação se encontra?
O exercício da cidadania participativa poderia ser o caminho para uma sociedade