Sociedade e Poder na visão de Montesquieu
Sociedade e Poder
Sendo Montesquieu nobre de berço, seu intuito é o de, através de reflexões, saber como tirar partido de determinadas características de poder das monarquias como alicerces de estabilidade que serviriam de base das revoluções democráticas.
Montesquieu busca condições que possibilitem um regime estável onde a palavra chave é "moderação", isto esta explicitado em dois momentos na sua obra: a teoria dos princípios e da natureza dos regimes; e a teoria dos três poderes (teoria da separação dos poderes).
O Conceito de Lei
Antes das concepções de Montesquieu, as noções de lei baseavam-se na ideia da lei de Deus. A base era o dever-ser, pois o princípio era o de que a ordem das coisas só possuía a finalidade divina.
As leis eram legítimas (autoridade), imutáveis (ordem das coisas) e ideais (perfeição). Em Montesquieu a tônica consiste no rompimento da política que era submissa à teologia.
Utilizando-se das ciências empíricas e em particular da física newtoniana, Montesquieu defende a possibilidade da presença de uniformidade no comportamento humano além de formas de relações entre os corpos físicos.
Com o conceito de lei, a política se distancia do teologismo e da crônica e se envereda no campo teórico, com isso, incorporando a política ao campo da ciência, fica estabelecida a regra que as instituições políticas são regidas por leis que derivam das relações políticas, para Montesquieu as Leis são relações entre as diversas classes da população, os tipos de economias e a distribuição do poder.
Os três governos
Uma das maiores preocupações de Montesquieu está situada no que diz respeito à estabilidade do que ele se referia como governos e que nos chamamos de funcionamento das instituições políticas.
Assim sendo, são invocadas as teorias de Maquiavel quanto as condições de manutenção do poder. Contrapondo-se aos teóricos do contrato social, cuja as preocupações com a natureza do poder, Montesquieu percebe que no estado