Sociedade vigiada
A sociedade de controle é um passo a frente da sociedade disciplinar. Não que essa tenha deixado de existir, mas foi expandida para um campo social da produção. Segundo Foucault a disciplina é interiorizada, ela é exercida por três meio globais: o medo, o julgamento e a destruição. Para entendermos melhor essa transição, é necessário entender um pouco como era essa sociedade disciplinar e o que aconteceu para que ela expandisse dessa maneira.
As sociedades disciplinares podem ser situadas num período que vai do século XVIII até a Segunda Guerra, como uma resposta à demanda de uma burguesia emergente que pedia uma mecânica de poder bastante diferenciada do modelo anterior que dominou durante a Idade Média, o da soberania. E na segunda metade do século XX estariam marcados por seu declínio e pela ascensão da sociedade de controle. * “O poder se exercia” muito mais sobre a terra e seus produtos do que sobre seus corpos e atos” (FOUCAULT,2004 a , p.188)”
Nesse tipo de sociedade teríamos uma organização vertical e hierárquica das informações. Nessa a ideia de vigilância remetia ao confinamento e, portanto, à situação física que caracterizava as preocupações dessa sociedade. O problema era o movimento físico dos indivíduos, seu deslocamento espacial. Vigiar era basicamente, regular os passos das pessoas, era olhar. Com a explosão das comunicações, uma nova figura ganha força: a vigilância das mensagens, do trânsito de comunicações. Para entendermos essa vigilância vamos usar o Modelo de Panóptico analisado por Foucault como modelo arquitetural do regime