Introdução O mundo passa por um processo de transformações muito rápi-das que foram inauguradas há poucas décadas. A revolução tec nológica, com a introdução, em escala crescente, da informática, da robótica, das experimentações genéticas, das telecomunica ções, tem mudado bastante a vida das pessoas. Essas mudanças também afetam a forma como o homem produz os bens necessários à sua sobrevivência. As conquistas científicas, infelizmente, não são apropriadas por toda a humanidade. Essas inovações são aplicadas no processo produtivo e estão substituin do boa parte da mão-de-obra que era utilizada na fabricação de produtos industrializados, na agricultura, na prestação de serviços e em uma série de atividades cuja presença do trabalho humano antes era imprescindível e agora se torna descartável. Isso tem causado o aumento das desigualdades sociais. O número de desempregados aumenta e soma-se a milhões de seres huma nos que passam fome, são vitimados por doenças que poderiam ser controladas, não têm habitação, são analfabetos, não têm aces so a uma assistência à saúde de qualidade, sofrem com a devas tação ambiental e passam por uma série de privações, enquanto alguns poucos afortunados gozam os benefícios da modernidade. O Brasil é um bom exemplo dessas contradições. O nosso país, por um lado, detém tecnologias de ponta na fabricação de avi ões, na produção do aço, no desenvolvimento de tecnologias agrícolas, e, por outro, ainda não conseguiu sanar problemas elementares como a fome, a miséria, a falta de educação e saúde de qualidade para a maioria. Como resolver essa situação? À primeira vista, e isolados, parecemos impotentes para resolver problemas tão grandiosos. Contudo, conscientes e organizados, podemos influir e contribuir para a construção de um mundo justo e melhor de se viver. omo a educação pode ajudar na construção de uma sociedade mais fraterna e cooperativa, onde as soluções para os problemas sociais do nosso país sejam encontradas de forma coletiva