Sociedade: sua organização e dinâmica
Sociedade
Quando os indivíduos se articulam de modo a formarem uma unidade conjugada, participando de um consenso, de uma teia de interações, expectati¬vas, atitudes, sentimentos, compreensões, dizemos que se formou uma sociedade.
Sistema social
Os padrões regulares de comportamento obser¬vados nos membros de uma sociedade estão mutua¬mente relacionados e conceptualmente agrupados no que se convencionou chamar de "sistema social". Duas fontes de estabilidade ou regularidade, em tais sistemas, podem ser analiticamente distinguidas: a institucional e a subinstitucional.
Os repetidos padrões de comportamento, em qualquer grupo, podem ser atribuídos, em propor¬ção variável, a essas duas fontes. A fonte institucional refere-se às expectativas, compartilhadas pelos par¬ticipantes na interação, sobre o modo como se pre¬sume ou conjectura que cada um deva se comportar.
É bom lembrar que a verdadeira interação será sempre caracterizada por trocas mútuas e conscien¬tes. Indivíduos que estão juntos mas na realidade não "percebem" o outro, não cooperam entre si, não se dão, não se entregam, não se enriquecem, não com¬partilham sentimentos e emoções, na verdade não estão interagindo. Podem até participar de um mes¬mo clima emocional sem, entretanto, nenhuma co¬municação entre si.
Papel social
As regras de conduta ou normas de uma socieda¬de são mantidas porque em diversos graus os mem¬bros do grupo acreditam na legitimidade das mesmas e sancionam sua observância. A unidade básica desses sistemas é o "papel social", que com¬preende um conjunto de expectativas associadas em torno de uma função. Por exemplo, o papel de pai, professor, médico, etc. Cada um desses papéis é carregado de expectativas, isto é, a pessoa desempe¬nha uma função na sociedade e espera-se dela deter¬minados comportamentos. Todos nós exercemos uma série de papéis: a mulher é profissional, mãe, esposa, amiga, filha, etc., e em cada um desses papéis ela deverá