Sociedade Pós Moderna
A exploração e a alienação da produção se estendem ao consumo. Hoje percebemos que as pessoas mesmo não mantendo sua vida economicamente estável, são alienadas e direcionadas pelo desejo capitalista a consumir mais procurando sempre exibir bens materialistas. Os grandes centros de compras procuram atender constantemente as novidades que se torna descartável e rapidamente obsoleto, pois com toda facilidade tecnológica é possível comprar até sem sair de casa. Vendem-se coisas, serviços, ideias. Isso não significa, porém, que todo consumo seja alienado, porque o consumo pode ser consciente e criativo.
Para entender o hiperconsumo na sociedade, é importante conhecer primeiro a evolução histórica dessa sociedade consumista. De acordo com o filósofo francês Gilles Lipovetsky, o consumo é aceito como um fenômeno do nosso tempo. Com o marco da Revolução Industrial, em 1810, os produtos eram vendidos a granel, anônimos e muitas vezes sua garantia era provida do próprio comerciante, pois não havia ainda o conceito de “marca” nessa época. Com o avanço da tecnologia das máquinas de produção contínua consolidou-se pela primeira vez a fase do capitalismo do consumo. O aumento da produção em unidades sob o nome de uma determinada “marca” com baixo preço, criou condições maiores que permitisse mesmo pessoas de baixa renda ter acesso aos produtos.
Durante o período Pós-guerra, por volta de 1950 a 1970, Lipovetsky, identificou como uma fase em que: “um novo futuro para a aventura individualista e consumista das sociedades liberais”, do qual ocasionou o aumento da produtividade e dos salários, chegando ao auge do consumo pelo status, em consumir cada vez mais, e pelo desejo de obter o novo, em contraposição os produtos eram fabricados para durar menos e vender-se mais.
Hoje em dia Lipovetsky identifica o consumo como uma fase em que os consumidores estão “mais interessados em qualidade de vida, comunicação e saúde, e terem melhores