Sociedade - Natureza
As cimenteiras no passado utilizavam óleo combustível, carvão mineral e/ou vegetal para suprir suas necessidades Um dos insumos que mais causam impacto negativo é o cimento. Isso se deve ao fato de as cimenteiras fazerem uso intensivo de energia para processar calcário – a queima dele em altos-fornos é a base da produção de cimento e gera as emissões de carbono que poluem e comprometem o meio ambiente. O setor cimenteiro em geral responde por 5% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) e por 18% das emissões da indústria.
No Brasil, de acordo com os dados do segundo Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa, o ramo representa 2% de todo o carbono emitido pelo país. E nos últimos 15 anos aumentaram em 30% as emissões de carbono desse setor .A tendência é de se esperar que as cimenteiras venham a se deparar cada vez mais com os problemas decorrentes das alterações ambientais originárias do processo de produção, a partir da opção por renováveis, não renováveis e, de resíduos industriais de outros processos.
Os riscos associados ao uso e às etapas de fabricação do cimento.
De forma sintética, podem-se associar os riscos às seguintes etapas da cadeia de fabricação e uso do cimento:
1ª. Geração, manipulação, embalagem e transporte do resíduo, da fonte geradora até a porta da fábrica de cimento ou para a unidade de preparação de blends (Brends: Combustíveis utilizados em todo plano de queima de cada forno, para cada ciclo produtivo);
2ª. Preparação dos resíduos e blends;
3ª. Fabricação e despacho do cimento;
4ª. Utilização do cimento. Na etapa de geração e transporte do resíduoda fonte geradora até a entrada do material no forno, por exemplo, há riscos de acidentes com vazamento ou derramamento de materiais perigosos; há riscos de emissão de substâncias voláteis, quando presentes na massa do resíduo, ou de poeiras geradas nas eventuais operações de pré-tratamento (moagem e mistura).