Sociedade dos Poetas Mortos
Dirigido por Peter Weir, um diretor de cinema e roteirista australiano, o filme Sociedade Dos Poetas Mortos (1989) é um drama vivido na Academia Welton, uma escola em forma de internato para alunos do sexo masculino, no ano 1959, nos Estados Unidos. Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ter recebido outras três indicações as seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Robin Williams). Recebeu ainda, quatro indicações ao Globo de Ouro e ganhou o Cesar de Melhor Filme Estrangeiro.
O início da história é marcado por uma solenidade, na qual os alunos entram impecavelmente vestidos de forma clássica e austera, com o brasão da instituição contendo as palavras que compõem os princípios da escola: tradição, honra, disciplina e excelência. Isso remete a Educação Tradicional, na qual a preocupação era ensinar e não fazer com que o aluno aprenda a pensar, criando um universo exclusivamente pedagógico, separado da vida e preservado do Mundo. O estilo pedagógico adotado é de saber especifico: o científico. Os cursos mais valorizados são Medicina, Direito e Engenharia; já a Literatura e a Arte Dramática não recebe a devida relevância.
O Sr. Keating, o novo professor da escola, era diferente dos padrões da época, pois ele ensinava o que achava que era verdadeiro sentindo da poesia e literatura, ele ensinava que a educação deve se confundir com a vida, contrapondo os padrões da escola e desafiando o sistema tradicional. Em uma de suas aulas, ele manda os alunos rasgarem as páginas de um livro. No contexto da evolução educacional, Keating acaba por se enquadrar nos moldes do movimento defendido por John Dewey (1859-1952), a Escola Nova. Para Dewey, as escolas deviam deixar de ser meros locais