Sociedade dos poetamortos

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A identidade é formada pela interação entre o eu e a cultura da sociedade. O ser essencial é transformado e recriado num diálogo contínuo com os mundos culturais exteriores e com as identidades que esses mundos oferecem.
Hoje, a crise de identidade é vista como um aspecto de uma atualidade mutante que abala os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.

Estes são os eventos que atravessam a questão da nossa identidade individual:

- Dominando a natureza, o homem rompe com a própria limitação frente à sua fragilidade física, colocando-se na posição do ser que possui e que faz a sua própria cultura; acontece, porém, que é ao mesmo tempo tomado como refém pela mesma.
Autonomia e não autonomia coexistem.

- Além da unidade biológica, que define a consciência sob uma infinidade de conceitos terrenos, ainda há um aspecto mais abrangente que independe do corpo manifesto, que é a identidade genuína, ou o Ser essencial, que por motivos específicos decidiu se experimentar neste ambiente tridimensional e que durante toda a sua existência terrena renunciará a atravessar qualquer véu que a ele se sobrepor em nome de poder se expressar naquilo em que está sendo no momento.

A questão que fica é saber como lidar com o mundo atual sem perder aquilo que identifica o Ser essencial em meio a toda diversidade de experimentações que provocamos e a que somos simultaneamente acometidos.

No momento em que temos uma percepção sobre a síntese de nossa identidade atual é porque já estamos num espaço futuro como observadores de algo já transcorrido.
Este é o momento em que estamos gerando novas sinapses de nós mesmos que pertencerão a um futuro que pode ser conhecido, um lugar onde novos aspectos do nosso eu já se fazem presentes promovendo novos significados, unindo-se à totalidade das nossas experiências existenciais.

A questão atemporal da identidade
- A identidade surge da sensação inominável de plenitude que reside dentro de

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