Sociedade de corte - norbert elias
O estudo de Norbert Elias traz luz à discussão dos usos da etiqueta. No livro Sociedade de Corte, Elias estuda a corte francesa do Ancien Régime no reinado de Luiz XIV, onde a base de seu estudo é a sociedade que se desenvolve dentro dessa corte, sendo que sua proposta é compreender a sociedade do Ancien Régime a partir da formação social para qualificá-la, não a corte, mas a sociedade de corte.
No estudo de Elias, a etiqueta e o cerimonial se tornam mecanismos significativos dentro da corte, uma vez que seu uso por parte da noblesse pode garantir a manutenção do prestígio e do status do rei, haja vista que a etiqueta era um minucioso cerimonial que regia a vida em sociedade do reinado do rei Luís XIV, de France.
A corte na época de Luís XIV era o local de concentração de toda a vida social desenvolvida no palácio de Versailhes, a qual significava fonte de cultura, e essa cultura era conhecida no monde como “cultura de salão”, cujo palácio podia abrigar até 10 mil pessoas.
O rei Luis XIV era o símbolo do absolutismo francês e viveu como se a vida fosse uma grande peça de teatro, onde todos os atos, gestos e palavras eram escolhidas e ensaiadas para produzir maior efeito.
Ele era o do dono da casa no país inteiro e o dono do país, e todas as decisões passavam por ele que era considerado o representante de Deus na Terra.
Era conhecido como REI SOL, a partir de uma medalha que foi cunhada em 1660, com a figura do sol se erguendo sobre a terra, tal como os planetas giravam em torno do sol, ele brilharia com mais intensidade enquanto os nobres gravitariam em seu redor.
O rei tinha pouco interesse pelo estudo e pelas letras e considerava subversivas as idéias novas. Seu tempo era destinado a caçar durante o dia e a noite dedicava-se à música e a dança.
O rei impunha muitos impostos para sustentar a vida luxuosa e toda a ostentação da corte e da nobreza e como