No século XVIII – o qual foi marcado pela Revolução Industrial - as relações sociais e econômicas se davam através do sistema capitalista mercantil. Esta organização socioeconômica é definida pela valorização daquele que produz e do que é produzido. Mas, em meados do século XX, o avanço, desenfreado, da tecnologia – junto a outros fatores - proporcionou o surgimento de uma nova ramificação da ideologia capitalista. Esta está inserida em um contexto de globalização e crescimento empresarial, sendo caracterizada pela valorização da venda produto e do ideal de que este passa para o comprador. A, recente, transformação trouxe como consequência a monopolização da psique humana por parte das grandes companhias – que fazem lucro a partir da exploração cognitiva da sociedade. Após aproximadamente dois séculos, o sitema socioeconômico, capitalismo mercantil, ganhou forma na filosofia, através do filósofo francês Michel Foucault. Sua teoria se aplica em um contexto de industrialização e urbanização – como o que acontecia no século XVII - porém, seu raciocínio também ser adimitido para a sociedade atual, visto que essa passa por um momento de transição. Segundo Foucault, existe uma sociedade disciplinar – a qual abriga todos os indivíduos. Nesta comunidade, é necessário que exista um comportamento comum entre os participantes, como se todos fossem produzidos em uma linha de montagem. Nas sociedades disciplinares o modelo Panóptico é dominante, implica o observador estar de corpo presente e em tempo real a observa e a vigiar. As sociedades disciplinares são essencialmente arquitecturais: a casa da família, o prédio da escola, o edifício do quartel, o edifício da fábrica. As técnicas disciplinares garantem que os indivíduos – por meio dos seus corpos – sejam submetidos a um conjunto de dispositivos de poder e de saber, baseados na vigilância permanente e na normalização dos seus comportamentos. Como forma de docilizar os corpos, as instituições como escolas, fábricas,