Socialização: Como Ser um Membro da Sociedade
A infância: componentes não-sociais e sociais A vida tem início com o nascimento. A primeira condição é a de criança. Essa condição envolve certo tipo de relacionamento com o próprio corpo. Experimentam-se sensações de fome, prazer, conforto e desconforto físico e outras mais. O indivíduo também sofre incursões do ambiente físico. O nascimento representa a entrada em um mundo de infinitas experiências. Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo é a história de suas relações com outras pessoas. Quase todas as facetas do mundo da criança estão ligadas a outros seres humanos. Sua experiência relativa aos outros indivíduos constitui o ponto crucial de toda experiência. São os outros que criam os padrões por meio dos quais se realizam as experiências. E esses mesmos padrões penetram no organismo, interferem no seu funcionamento. O exemplo mais ilustrativo é o horário das refeições, no qual a criança não apenas é alimentada em horas determinadas, mas também sente fome nessas horas. Numa espécie de representação gráfica, poderíamos dizer que a sociedade não apenas impõe seus padrões ao comportamento da criança, mas estende a mão para dentro de seu organismo.
Alimentar ou não alimentar: uma questão de fixação social Alguns dos padrões socialmente impostos à criança podem resultar das características peculiares dos adultos que lidam com ela. Em suas relações com outros indivíduos, a criança defronta-se com um microcosmo bastante circunscrito e mais tarde esse microcosmo se entrosa com um macrocosmo de dimensões maiores. Esse macrocosmo desconhecido da criança moldou e definiu antecipadamente todas as experiências com que ela se defronta em seu microcosmo.
A socialização: padrões relativos experimentados como absolutos O processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade é