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O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.

O filme foi gravado em 1969 dirigido por Glauber Rocha, produzido em cores. Devemos destacar que tal obra é uma continuação de Deus e o Diabo na Terra do Sol, pois Antônio das Mortes necessita de novos inimigos, visto que matou todos os cangaceiros e beatos até aquele momento.
O filme se inicia de maneira emblemática mostrando o professor ensinando datas históricas para as crianças, ensinando-as a decorar não a criticar. Nesse momento entra na história, Coirana o cangaceiro que será o estopim da narrativa. Devemos destacar a “reza” do cangaceiro: “Tenho mais de mil / Cobranças pra fazer / Mas se eu falar de todas / A terra vai estremecer / Quero só cobrar as preferidas / Do testamento de Lampião: / Quem é homem vira mulher / Quem é mulher pede perdão / Prisioneiro vai ficar livre / Cangaceiro vai pra cadeia / E mulher dama casa na Igreja.”
O delegado finamente vestido de terno branco e sapato duas cores, vai em busca de Antônio das Mortes, para que este como no primeiro filme chacine os beatos e o cangaceiro. É emblemático o momento que Antônio aceita o serviço, pois ele não cobra ele aceita porque precisa de um inimigo, uma razão para viver.
Devo destacar a beleza estética da roupa de Antônio que além da capa do primeiro filme utiliza um lenço rosa no pescoço, ao se encontrar com o coronel que se veste com trapos como um pobre e é cego, em nada reflete a riqueza do latifúndio, por outro lado sua mulher Laura se veste com um belo vestido roxo, tem cabelos loiros uma linda e triste mulher, pois vive reclusa ao lado do coronel.
Glauber utiliza o folclore de maneira genial, visto que a Santa se veste como um orixá, seguida por um negro que se veste como o guerreiro no maracatu, além das fitas no fuzil (parabelo) do cangaceiro, sempre que a santa se mostra no filme é representada um tipo de festa popular com cantos e danças acompanhados pelo tambor, buscando se assemelhar com as festas tradicionais como o