sociabilidade em abelhas
As abelhas sociais vivem em colônias. As características da socialidade verdadeira são divisão de trabalho reprodutivo, cuidado com a prole e sobreposição de gerações. Caracterizam-se as abelhas sociais pela presença de uma expansão na pata traseira, chamada corbícula, onde pode ser armazenada uma grande quantidade de pólen por viagem. Nas abelhas, a eussocialidade surgiu nos Apinae e está presente nas tribos Bombini, Apini e Meliponini (KLEINERT et al, 2009). Nesse sentido, as abelhas sociais que existem atualmente no Brasil são as mamangavas (cerca de 6 espécies), as abelhas sem ferrão (mais de 200 espécies) e as abelhas Apis mellifera (introduzidas no Brasil no século passado). Estas duas últimas são agrupadas sob a denominação de abelhas de mel. Assim, a seguir são apresentados os principais mecanismos reguladores das relações sociais entre as abelhas.
1. Divisão de Trabalho Reprodutivo
A sociedade é uma relação ecológica harmônica intra-específica. Na maioria das espécies de abelhas, esta forma de organização é altamente concisa, havendo divisão de atividades entre os organismos que possuem diferenciações anatômicas de acordo com a função que realizam, geralmente acompanhando o dimorfismo sexual (RIBEIRO, 2013).
Os indivíduos que vivem nas colmeias se dividem em três castas: rainha, operárias e zangões (Imagem 1).
1.1 A rainha
As funções exercidas pela rainha são a postura de ovos e a manutenção da ordem social na colméia. A rainha atinge seu objetivo de manter a ordem social através da liberação de substâncias químicas chamadas feromônios. Essas substâncias informam os outros membros da colmeia de que existe uma rainha presente e em atividade, além de inibirem a produção de outras rainhas.
A rainha é quase duas vezes maior do que as operárias e é a única fêmea