Sobre o gerativismo
O estudo sobre o gerativismo abordado nesse trabalho tem por base o texto de Eduardo Kenedy do livro Manual de Lingüística da Editora Contexto, 2008. O livro, organizado por Mário Eduardo Martelotta, está dividido em três partes. A primeira conceitua Lingüística e Linguagem, apontado os aspectos que caracterizam a lingüística como ciência e delimitando seu objeto de estudo. A segunda parte expõe as linhas estudadas pela Lingüística Moderna, seus pressupostos teóricos e métodos de abordagem. E a terceira, o processo de aquisição e ensino da linguagem humana.
Eduardo Kenedy dá uma visão geral sobre a concepção de linguagem que orienta os estudo do gerativismo e sua forma de explicar o funcionamento e o processo de aquisição da linguagem pelo indivíduo. As discussões sobre a teoria gerativista, defendida pelo lingüista Noam Chomsky, seu principal representante, expõe a trajetória dessa corrente preocupada em elaborar um modelo formal, capaz de descrever e explicar a natureza e o funcionamento da linguagem humana, rejeitando o modelo behavioreista de estimulo-resposta elaborado por Bloomfield, representante do estruturalismo norte-americano. Para combater essa visão de linguagem como um sistema de hábitos comportamentais externos ao indivíduo, Chomsky aponta o caráter dinâmico do uso da linguagem por considerar a estrutura da língua um conjunto de regras, e não um sistema fechado, como concebem os estruturalistas. A partir dessa concepção da língua como um conjunto de regras, são desenvolvidas as teorias que fundamentam a corrente gerativista: o inatismo, ou faculdade da linguagem; a gramática transformacional e a teoria dos princípios e parâmetros.
A tese do inatismo defende que as crianças possuem como parte de sua herança genética uma “teoria lingüística” que lhes permitem selecionar, dentre as gramáticas possíveis, aquela que seja mais adequada aos dados disponíveis. A faculdade da