Sobre a tragédia
Faculdade de Artes Plásticas
Ética
Prof. Fernanda Borges
Sobre Tragédia
Aristóteles e Nietzsche
Lucas Bocatto
7º Semestre
Maio de 2008
Sobre a tragédia, Aristóteles e Nietzsche:
A tragédia aristotélica.
Na atualidade, a palavra ‘’tragédia’’ é usada para nomear um evento doloroso, catastrófico, acompanhado de muitas vítimas, ou ainda para descrever uma paixão qualquer que redundou num horrível assassinato.
No entanto, para os gregos, tragikós era uma forma de arte vivida por grandes figuras, que por sua vez retratavam a vida pelos seus meios mais intrigantes possíveis, como a tragédia de Aristóteles sobre Édipo, por exemplo. Aristóteles via a tragédia como ‘’uma representação imitadora de uma ação séria, concreta, de certa grandeza, representada, e não narrada, por atores em linguagem elegante, empregando um estilo diferente para cada uma das partes, e que, por meio da compaixão e do horror provoca o desencadeamento liberador de tais afetos."
Aristóteles chega na conclusão de que para que a tragédia fosse ‘’bem sucedida’’, ou seja, alcançasse seus objetivos, de representação e meio de expressão grego, deveria trazer ao público um sentimento chamado catarse , ou Katarsis, que é a purgação das emoções dos espectadores, um momento de explosão, piedade e horror que gera a desmedida paixão do público.
Assistindo as terríveis dilacerações do herói trágico e sensibilizando-se com o horror que a vida dele se tornara, sentindo uma profunda compaixão pelo infausto que o destino reservara ao herói, o público deveria passar por uma espécie de exorcismo coletivo.Ou seja, pela catarse, e assim se emocionar com o espetáculo.
A tragédia de Nietzsche.
Nietzsche diz, em seu livro ‘’A Origem da Tragédia’’, que a tragédia é proveniente de experiências sobre estados estéticos de dor e alegria, tendo no fundo uma metafísica da arte e a relaciona em duas