Sobre A Televisão - Bourdieu
O documentário “O Mercado de Notícias”, dirigido por Jorge Furtado, encontra um paralelo numa peça teatral da Inglarerra no século 17 e organiza discussões sobre falhas, critérios e importância da imprensa no Brasil.
O surgimento do jornalismo, no século 17, é apresentado pelo humor da peça “O Mercado de Notícias”, escrita pelo dramaturgo inglês Ben Jonson em 1625. Trechos da comédia de Jonson, montada e encenada para a produção do filme, revelam sua espantosa visão crítica, capaz de perceber na imprensa de notícias, recém-nascida, uma invenção de grande poder e grandes riscos.¹
O livro de Pierre Bourdieu tem como objetivo nos apresentar as intrigas que a censura esconde por trás das imagens e dos discursos exibidos.
Ambos discutem como é produzida a notícia e a maneira como é consumida.
No filme, vários depoimentos de importantes jornalistas brasileiros sobre a prática e o sentido de sua profissão.
Sobre os jornalistas, Boudieu diz que tendem a pensar que o trabalho de enunciação é um trabalho de denúncia, de ataque contra pessoas. Fazendo com que a subjetivdade seja fabricada, modelada e consumida. E diz que a televisão ao mesmo tempo em que transmite uma mensagem, omite outras (só mostra o que interessa para a emissora.)
A tv tem pouca autonomia. Delimita as relações sociais entre jornalistas,visa interesses comuns ligados à sua posição no campo de produção.
Cada um se arrisca e define sua posição e estratégias.
As dificuldades contadas pelos jornalistas no documentário são justificadas com os conceitos de Bourdieu.
Nas lutas pelo índice de audiência e concorrência pela fatia do mercado, as emissoras apelam para o sensacionalismo; a busca do sensacional significa sucesso comercial.
O extraordinário, buscado pelos jornalistas, acaba sendo o ordinário entre os jornais, devido à circulação circulante de informações. O peso da televisão nessa relevância de assuntos é determinante. Todos estes, ainda, estão