Sobre a sociedade de consumo
O universo midiático é uma grade tentacular usada pelo sistema, visando ao seu próprio benefício. (LUCHESSI, Ivo. Em seu ensaio A cultura do olhar)
Vemos nos dias atuais um grande bombardeio de imposições e regras, porém disfarçadas de uma proposta de fórmula da felicidade. Ao longo do tempo e dos anos, vemos o crescimento do Capitalismo e sua invasão nos meios de comunicação em busca de mais lucro, seu foco principal. Nosso dia a dia é composto por muitos elementos estressantes. Temos um caos crescente nas cidades grandes, e com esse caos, as consequências são inevitáveis. E para “sobrevivermos”, para sairmos ilesos de tudo isso, recorremos a “doses diárias de curas”. Dentre elas, atividades que envolvem o consumo. Tudo que nos é apresentado, seja nos imensos outdoors espalhados pela cidade, seja pela TV (que pasmem, invadiu até os ônibus), é envolvido por algo bonito e feliz. Seja lá qual for o produto, frívolo ou não, se torna um detalhe visual em meio a pessoas felizes, saudáveis, de preferência em um fundo com muito verde, em um dia agradável de sol. As roupas são novas, modernas, estilosas. Agradam nossos olhos, pois gostamos de coisas bonitas (ou ao menos gostamos do que nos foi colocado a vida inteira como bonito). E isso nos acalma, nos distrai e afasta pensamentos ruins ou problemas recorrentes. A partir daí se inicia a “lavagem cerebral”. Fazer compras, ir ao mercado, tomar um banho de loja, ir ao salão. Exemplos de “terapias” onde as pessoas cada vez mais mergulham sem pensar, só para terem alguns momentos de alívio e distração. Baudrillar cita isso em seu livro Sociedade de consumo como podemos ver a seguir:
Nova arte de viver, nova maneira de viver, dizem as publicidades, o ambiente quotidiano que se respira: pode fazer shopping agradável no mesmo local climatizado, comprar de uma só vez as provisões alimentares, os objetos destinados ao apartamento e à casa de campo, os vestidos, as flores, o último romance ou a