Sobre a origem e desenvolvimento do Estado moderno no ocidente
“Assim, dir-se-ia que para a instituição Estado vale, ainda mais, aquilo que K. Marx e Weber, de perspectivas opostas, disseram do capital e do capitalismo em geral, ou seja e respectivamente, que é ante-diluviano e poder ser encontrado em todas as sociedades que existe dinheiro.” (Florenzano, Modesto 2007:12)
“Marx, sem esquecer F. Engels, diria que é assim é, porque todas as sociedades, excluindo as chamadas sociedades primitivas, se dividem em classes, tornando o Estado necessário para permitir a exploração-dominação de uma classe sobre outras, de modo que luta de classes e Estado formam um par historicamente inseparável que somente sairá de cena conjunta e definitivamente com o fim da historia.” (Florenzano, Modesto 2007:12)
“Com efeito, por um lado, Marx-Engels e os marxistas, levados por sua visão negativa do poder instituído, preocupam-se sobretudo em examinar o caráter classista do Estado, em minimizar sua autonomia com relação as classes sociais, em denunciar, portanto, sua suposta neutralidade.” (Florenzano, Modesto 2007:13)
“Mas aí reside, igualmente, seu ponto fraco, sua subestimação das formas de Estado, em particular do Estado constitucional ou de direito (que os marxistas designam pejorativamente de Estado burguês), de seu funcionamento complexo, consagrando valores e práticas de civilização, cujo abandono não é menos desastroso, como mostraram as experiências totalitárias do século passado.” (Florenzano, Modesto 2007:13/14)
“Por outro lado, Weber enfatizando justamente a dimensão institucional do Estado, as formas e modalidades do poder instituído e de seus mecanismos de burocratização, deixou-nos, ao contrário do marxismo, uma elaborada teoria do Estado, em particular, e do poder em geral, contribuindo, como nenhum outro teórico, para o avanço da ciência politica do século passado.” (Florenzano, Modesto 2007:14)
“Weber, contudo, não obstante seu esforço