Sobre hobbes
DEBATE O LEVIATÃ DE THOMAS HOBBES
GRUPO: Jennifer Pinheiro Rocha Ana Paula Albernaz França Lílian Cândida Linces Patrícia Domingos de Melo Leite Wanessa Puiati Ferreira Bárbara Agnes de Andrade Lopes Heloisa Vieira Rocha Trogo
BELO HORIZONTE, 24 DE SETEMBRO DE 2011
A RAZÃO DE TUDO: O MEDO Jennifer Pinheiro Rocha “Minha mãe pariu gêmeos, eu e o medo”. Nessa frase de Hobbes como irmão gêmeo do medo, sintetiza toda sua filosofia, que remonta à Inglaterra protestante do final do século XVI, que temia a invasão das tropas invencíveis da Espanha. Esse medo será o grande parceiro de Hobbes praticamente durante toda sua vida. Já no século XVII, ocorreram-se duas outras grandes revoluções, que de certa forma espalharam um grande medo pela Europa, porque trouxeram mudanças novas e radicais e, conseqüentemente foram fundamentais na estruturação de sua filosofia. Uma delas foi à própria Inglaterra, na qual a luta pelo poder desencadeou uma ampla guerra civil pelo país, e que foi descrita por Hobbes como guerra irracional. A outra grande mudança foi, praticamente, continental, decorrente da revolução científica iniciada por Galileu Galilei que, embora tenha trazido conseqüências benéficas para a sociedade, teve seu início marcado também pelo medo, na medida em que as afirmações e descobertas anunciadas trouxeram uma nova maneira de encarar o mundo e toda mudança, em princípio, gera insegurança. Segundo o autor Renato Janine Ribeiro, a esperança aparece com freqüência perto do medo, em Hobbes. Assim como na Física, os dois pólos do ímã estão presentes - o que atrai e o que repele - também, ao tratar do ser humano, ele pensa em termos de apetite e aversão - o que aproxima e o que distancia. Esperança e medo traduzem, no plano das paixões, esses pares de opostos. Para sair da guerra de todos contra todos, militam o medo da morte violenta e a esperança da paz,