Sobre azambuja
Período: 1º
Disciplina: Ciência Política
Autor: Luciano Barros
Como estudamos, Azambuja (1976) discute no “Capítulo IX – Origem do Estado” diferentes formulações que respondem à questão de como se forma o Estado. Ao apresentar os autores que se filiam às teorias da origem do Estado, Azambuja critica os contratualistas afirmando: “A origem contratual do Estado tem ainda menos consistência que as anteriores. É uma pura fantasia, não constitui sequer uma lenda ou mito das sociedades antigas” (pág. 100). Em seguida ele afirma:”A distinção, sobre a qual nunca é demais insistir, entre poder político e Estado, entre autoridade social e Estado, é tanto mais necessária e útil quanto é certo que a análise da formação social ou natural do poder nos abre diretamente a visão para apreender a formação natural do Estado. Poupamo-nos assim às intermináveis discussões e dúvidas a que leva fatalmente a confusão da parte com o todo, não contando como formação do Estado o que é somente formação do poder; e, de outro lado, mantendo-nos fiéis à noção de Estado, com os seus elementos integrante essenciais, não deslizamos no erro de designar a formação histórica de um novo Estado como sendo a origem do Estado em geral, do Estado como instituição, como tipo de organização social, ou como forma especial da sociedade. Este foi o erro em que caíram as teorias atrás examinadas” (pág. 106) . Há contradição entre as duas afirmações? Em havendo contradição, estaria comprometida a qualidade do trabalho? Creio que a resposta para essas indagações passa, inicialmente, por um comentário de natureza geral sobre o tipo de obra de onde foram extraídos os trechos acima. Trata-se de um manual concebido para proporcionar ao leitor um panorama geral da disciplina, a Ciência Política. Nesse sentido, há certa profusão de citação de autores e temas abordados. Note-se a diferença em relação a outros trabalhos que já estudamos como o de Leister (2006) ou de Maar (2006) que procuram