Sobre as origens dos conflitos
Os conflitos – os essencialmente geopolíticos - manifestam-se com grande amplitude, sejam nas lutas de povos ou nações oprimidas em busca de liberdade (nos seus próprios Estados, que procuram formar), seja nas opressões de grupos hegemónicos pela manutenção ou ampliação dos seus territórios e poder, bem como na apropriação de novos espaços com mais recursos naturais. E o que motiva conflitos, como os que vemos na República Democrática do Congo por exemplo, são tanto o controlo sobre recursos naturais (diamantes) como também o resultado da desterritorialização/reterritorialização do lugar pela inserção do Estado Moderno, uma invenção europeia. O uso do termo "guerra" não pode ficar restrito ao confronto entre Exércitos Nacionais. O que acontece hoje na Palestina é guerra, assim como o que se desenha na Colômbia com o "Plano Estadunidense".
Porém, aquilo que procuramos colocar aqui, apenas, é uma sistematização que procura, num momento posterior, colaborar na análise dos tantos conflitos que se espalham pelo planeta.
Para tal empresa, utilizamo as propostas de Mariano Aguirre (AGUIRRE, 1996), director de Estudos sobre Conflitos do Centro de Investigações para a Paz, de Madrid, que considera as seguintes categorias como principais razões (origines des conflits) para os conflitos deste final de século:
Recursos Naturais: São conflitos que ocorrem pela disputa de territórios contendo recursos minerais importantes, como por exemplo, água, petróleo, ouro, diamantes, cobre, carvão, ferro, entre outros. Exemplos: Israel x Palestina – água; Rússia x Tchechénia – petróleo;
Separatismo e nacionalismo: São conflitos que ocorrem quando um grupo étnico nacionalista procura constituir o seu próprio Estado-Nação. Exemplos: Tchechénia; Bósnia-Herzegovina; A questão da Palestina, onde os palestinos lutam com os israelitas para configurar o seu próprio país.
Conflitos regionais: Chamados assim quando ocorrem em função da definição de