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Especialista em tecnologia Edward Snowden, de 29 anos, trocou uma vida confortável no Hawai e um salário de 200 mil dólares por ano por uma vida de fugitivo. Mas ficou tranquilo com a sua consciência. “Não posso permitir que o governo dos Estados Unidos destrua a privacidade e a liberdade com essa máquina de vigilância que está a construir".
Ao procurar os jornais e entregar parte dos dados, Snowden deixou o estado do Havaí e foi primeiramente para Hong Kong, em 20 de maio, antes das primeiras reportagens. Em junho, os EUA pressionaram Hong Kong para responder ao pedido de extradição, visto que há um tratado de extradição em vigor desde 1998.
Em junho, o avião com Snowden deixou Hong Kong para Moscou, na Rússia. A viagem foi feita com apoio do WikiLeaks, de Julian Assange, que enviou uma militante para ajudar o ex-técnico da CIA. O americano ficou na área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo por 40 dias, em um "limbo" jurídico, uma vez que não tinha documentos para entrar em território russo – seu passaporte havia sido revogado pelos Estados Unidos.
Snowden enviou pedido de asilo para 21 países, entre eles Brasil, Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, China, Rússia, Alemanha e França, segundo o WikiLeaks. Três desses países se dispuseram a abrigá-lo – Venezuela, Bolívia e Nicarágua.
No dia 16 de julho, Snowden pediu asilo temporário oficialmente à Rússia. Em 1º de agosto, ele recebeu os documentos necessários e deixou a área de trânsito do aeroporto rumo a um "local seguro" em território russo.
Edward Snowden agradeceu à Rússia pela concessão de asilo temporário. A Casa Branca ficou "extremamente desapontada" com a decisão da Rússia e desmarcou um encontro de cúpula entre Obama e Putin, previsto para setembro. Segundo os EUA, a ação da Rússia "mina uma longa tradição de cooperação no cumprimento da lei".
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