Slave Trades
Gwyn Campb
Existem duas temáticas de grande relevância para o autor e que aparecem diversas vezes, sendo uma delas a visão dos essencialistas e dos não essencialistas, e a outra a diferença entre o tráfico transatlântico e o tráfico no Indico.
No IOW (Indian Ocean World) os negros africanos formam a minoria de escravos comercializados. Estes eram fortemente afetados pelos descolamentos forçados que acabaram por ter grandes repercussões na identidade destes escravos e dos seus descendentes enquanto Africanos, isto tendo em conta o conceito de diáspora. Neste sentido muitos africanos rejeitavam, obviamente, a ideia de serem escravos, isto que também acontecia devido ao culto da oralidade que faziam com que muitos acreditassem em histórias fantasiosas como era o exemplo de serem comidos pelos homens brancos. Assim sendo, muitos preferiam praticar o suicido e mesmo em alguns casos o infanticídio ou mesmo o aborto, pois as perspetivas para os seus filhos não eram as mais propícias e desejadas. Tendo em conta, este fenómeno conjugado com falta de imunidade às doenças, sobe a taxa de mortalidade.
Na zona Ocidental o tráfico era dividido por três áreas, o sul da Ásia, o Médio Oriente e África. O autor afirma que os escravos africanos eram mais numerosos no Ocidente do que no Oriente, ainda assim, constituíam a maioria em algumas regiões orientais e em determinados períodos. No séc. XIX, os números no tráfico aumentam astronomicamente, dando-se o pico neste século. É também no séc. XIX que observamos a expansão do Islão e o seu rigor no que diz respeito a muçulmanos não poderem ser escravizados por outros muçulmanos.
Uma grande questão relativamente a este tráfico, que difere do tráfico transatlântico, é o facto de grande parte dos escravos serem do sexo feminino e por isso existir uma certa duvida no que diz respeito ao rendimento do seu trabalho comparativamente ao rendimento de escravos do sexo masculino.
Ocorreram na