skocopol - estados e revoluções sociais

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Skocpol inicia este texto definindo tanto o objecto de investigação – revolução social, como uma das questões de partida – o que é uma revolução social. Para lhe responder, procede à divisão entre casos positivos e negativos. Casos positivos são os únicos que a autora considera realmente como revoluções sociais, ou seja, transformações bem-sucedidas das revoluções e das relações de classe. Por sua vez, os casos negativos correspondem às revoluções sociais fracassadas, sem o carácter revolucionário ou transformações das relações de classe. Tal como Ziblatt, para além da utilização dos casos negativos como comparações e contrastes em relação aos positivos, apresenta também teorias alternativas, as quais rejeita. Primeiro apresenta a teoria marxista (da qual retira a questão de que as revoluções sociais provêm da constantes tensões e conflitos das relações de classe), a teoria da homogeneidade dos sistemas, a teoria psicológica de massas e, por fim, a do conflito político de Tilly (da qual também aproveita a questão do acesso a recursos e organização para ver quando as classes se sentem capazes de lutar pelos seus interesses). Partindo da sua rejeição, uma vez que considera estas teorias insuficientes por não possuírem uma dimensão inter-estados (pressões económicas e militares internacionais) e o grau de autonomia do estado e da classe dominante face ao estado; apresenta a sua teoria estruturalista em que explica que para se apurar as revoluções sociais, tem que se ter em conta as relações entre classes, entre classes e Estados e entre Estados a nível internacional. Para a autora, o Estado, apesar de ser condicionado pelos interesses socioeconómicos, é uma entidade autónoma coerciva e administrativa.

Quanto à escolha de casos, como já foi dito, Theda escolhe um número reduzido de casos, não recorrendo a todos os casos históricos mas apenas aos comparáveis (com causas semelhantes, como o passado colonial ou geografia). O seu estudo, centrado

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