situacao dos negros no brasil
Mesmo contabilizando-se mais de 100 anos do fim do trabalho escravo, as marcas da escravidão encontram-se impregnadas no cenário nacional. Prova disso, são as situações cotidianas e as estatísticas midiáticas mostrando a desfavorável situação do negro no país. Os quais, por mais que protegidos pela legislação vigente, continuam sofrendo de uma atemporal opressão social.
Nem mesmo o advento de um novo século, tampouco novos regimes políticos conseguiram erradicar a péssima situação do negro no Brasil. Percebe-se que a miscigenação, quando alegada teoricamente, torna-se um acobertamento da troca de chibatadas pela discriminação racial, quilombos por comunidades carentes e trabalho escravo pela terceirização. Tais aspectos estão comprovados em corriqueiras publicações midiáticas, nas quais a principal consta que 60% da população pobre e vivendo em áreas anecúmenas na nação é composta por afrodescendentes.
Como se não bastasse a herança histórica da miséria, os negros vivenciam o preconceito étnico ora no mercado de trabalho, ora no sistema educacional ou nos aspectos sócio-culturais. Nos quais, temos o exemplo da burocratização do casamento inter-racial no país, que segundo o (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ocorre em escala de apenas 24% desde 2005. Outro fator a se questionar é a permanência do maniqueísmo religioso (divisão do bem e o mal), o qual serve de referencia para segregar a cultura afrodescendente, designando o candomblé e a capoeira a rituais satânicos.
Vale salientar também que quando o assunto é sobre cotas raciais, os afrodescendentes ainda sofrem descaso pela sociedade. Entretanto, é comprovado na mídia e socialmente a escassez destes cidadãos no campo universitário, uma vez que são os mais afetados pela ineficiência do sistema público educacional do país. O que acaba por afetar na peneira seletiva do mercado de trabalho, como consta na mídia que apenas 62,5% dos negros são